Em Torres, encontro de produtores de abelhas nativas sem ferrão – ANSF dá o pontapé inicial para a criação do Programa Municipal de Incentivo à Produção

Nesse último domingo, 19 de novembro, foi realizado um importante encontro que vai fortalecer tanto a agricultura rural como a agricultura urbana em Torres. Produtores e simpatizantes da Meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) reuniram-se para tratar da produção de ANSF. O propósito foi de agregar os interessados para viabilizar a meliponicultura no município e de iniciar a discussão sobre a criação de um Programa Municipal de Incentivo à Produção de ANSF, proposta esta idealizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Pesca com a colaboração da Emater e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Torres.

O encontro ocorreu na Itapeva, no Sítio Menezes Casa de Campo, um dos componentes dos roteiros do turismo rural do Programa Raízes de Torres. A iniciativa foi da produtora Maria de Lourdes Menezes que já cultiva abelhas sem ferrão. Participaram do encontro, os produtores e simpatizantes de Torres, representante da Associação Gaúcha dos Meliponicultores, da Emater local e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Pesca , com o engenheiro agrônomo Gerson Luiz Nardi.

As abelhas nativas sem ferrão são extremamente importantes para o meio ambiente e sua criação estimula a preservação. Quanto mais as pessoas conhecerem estas abelhas, mais poderão ajudar na sua preservação. O engenheiro agrônomo esclarece que, em sua busca por pólen e néctar, as abelhas polinizam plantações de frutas, legumes e grãos, processo esse indispensável para a reprodução de aproximadamente 80% das plantas.

Conforme Nardi, a reunião trouxe a oportunidade de somar conhecimento para os iniciantes e aprimorar aqueles que já são criadores, além de oportunizar um espaço para a troca de experiências. A ANSF caracteriza-se por ser inofensiva, podendo ser criadas bem próximas das pessoas, incentivando a agricultura nas pequenas propriedades rurais e na agricultura urbana. No Rio Grande do Sul existem, até o momento, 24 espécies nativas catalogadas, o mel de cada espécie tem um sabor específico, o que vem sendo ainda mais explorado pela culinária e a elaboração de outros produtos como sabonetes e produtos de estética.