Quem passa em frente ao Museu Histórico de Torres imagina que a Prefeitura contratou um restaurador para recuperar algumas peças. Na verdade, o serviço é voluntário, realizado por um veranista, e é resumido por ele como uma higienização das peças. Através dos vidros do prédio localizado na Rua José Antonio Picoral, 171, o serviço de Renato Rimoli Capparelli pode ser conferido. A cidade agradece a colaboração.
Morador de Porto Alegre, o professor de educação física com 57 anos, veraneia em Torres antes mesmo de nascer, diz, rindo. O endereço foi sempre o mesmo, na Avenida Itapeva. Há cerca de cinco anos interessou-se por restauração, participando dos cursos de restauro e conservação de móveis e objetos em madeira do Centro Histórico Cultural Santa Casa. Pelo menos por enquanto, o seu propósito não é profissional, apenas entretenimento. Com isto, Museu e visitantes são beneficiados.
Mesa e cadeiras que passaram 40 anos na Câmara dos Vereadores e outros 40 na Prefeitura já receberam esta higienização, assim como um rádio e um piano. O material revitaliza a madeira , tirando os arranhões. O líquido empregado é produzido por ele mesmo, com a combinação de quatro componentes, que ele não divulga.
Antes de fazer este reparo foi sempre um visitante do Museu, comenta o historiador Alexandre Cardoso Rodrigues do MHT que por muitas vezes conversou com ele sobre a história de Torres, principalmente sobre os sítios arqueológicos. Capparelli cita os sambaquis como destaques do Museu. De acordo com Alexandre, dentro do acervo, a coleção é mesmo o que reúne os itens mais valorizados.
(Carmem Gonçalves- Prefeitura de Torres)