
As baleias estão dando show em Torres, com presença recorde este ano. Podem ser avistadas bem próximo à costa no período de agosto a novembro. As baleias francas passam pelo litoral do Rio Grande do Sul rumo ao norte em busca de águas mais quentes para procriar e cuidar de seus filhotes. A visita das baleias desperta a curiosidade de moradores e turistas. Em Torres existem os morros que oferecem excelentes observatórios naturais para o avistamento, com destaque para o Morro do Farol, bastante procurado neste período com este propósito. O biólogo Rodrigo De Rose da Silva, Especialista em Análise Ambiental e Pós-graduando em Biologia Marinha, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Urbanismo, esclarece sobre o interessante tema, no texto a seguir. As fotos foram cedidas pelo Farol das Baleias.
FAUNA MARINHA DO RIO GRANDE DO SUL
A região do litoral norte do Rio Grande do Sul, em especial o município de Torres apresenta uma rica e exuberante diversidade biológica ligada ao ecossistema marinho.
BALEIAS-FRANCA (Eubalaena australis)
Para multiplicar ainda mais esta vasta e bela biodiversidade da nossa região, todos os anos no período de inverno e início da primavera as águas dos mares de Torres recebem as nossas ilustres visitantes, as baleias-franca. Características oceanográficas e aspectos ligados ao ciclo biológico destes animais são determinantes nos processos migratórios e de distribuição deste grande cetáceo.
No grupo dos mamíferos marinhos é uma das espécies que mais desperta interesse de contemplação, visto os hábitos costeiros, gerando a possibilidade de avistamentos ao longo da orla, do alto de morros (característica exclusiva de Torres no RS), e por meio de passeios embarcados.
As baleias-franca utilizam a costa sul do Brasil no período de inverno e primavera para acasalar, parir e amamentar os seus filhotes, fugindo assim de águas ainda mais frias e revoltas dos mares polares, o que confere proteção térmica aos filhotes e a fuga contra predadores muito presentes naquelas regiões, como orcas e tubarões.
A topografia do município de Torres é um facilitador para avistagens destes animais, o alto das torres do Morro do Farol, Guarita e Cal são excelentes pontos de observação e de fácil acesso à comunidade e visitantes.
Fatores ambientais, como, baixa intensidade de vento, mar calmo e de coloração mais clara podem facilitar a avistagem das baleias. Características e Curiosidades das baleias-franca
– A caça das baleias ocorria principalmente para obtenção da sua espessa camada de gordura que era transformada em óleo, é utilizado na iluminação e ligante para argamassa nas construções.
– A baleia-franca adulta pode ficar submersa por aproximadamente 20 minutos após a troca gasosa;
– Uma baleia-franca adulta chega a pesar 45 toneladas e medir 18 metros;
– Um filhote de baleia-franca nasce com aproximadamente 5-6 metros e pesando 4-5 toneladas;
– Um filhote de baleia-franca pode ingerir aproximadamente 200 litros de leite por dia nos primeiros meses de vida, podendo engordar 50 quilos diariamente;
– A baleia-franca é a única espécie de baleia do Atlântico Sul que não apresenta nadadeira dorsal;
– A baleia-franca apresenta calosidades na cabeça que apresentam um padrão único de disposição que são habitados por ciamídeos (microcrustáceo), e isto permite a identificação dos animais;
Para contemplar a beleza destes animais migratórios durante o período de inverno e primavera, que enriquecem ainda mais a nossa rica biodiversidade regional, só é preciso atenção e investir um pouquinho de tempo nesta linda aventura natural proporcionada nos limites do Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul.
Além das baleias-franca, outra espécie de baleia que tem sido bastante avistada na região nos últimos anos são as Baleias Jubarte (Megaptera novaeangliae). No grupo dos pinípedes, representados especialmente pelos lobos e leões marinhos também se espalham ao longo da costa, utilizando principalmente a Ilha dos Lobos como ponto estratégico de descanso. Quando avistados em praias ou costões rochosos próximos as praias, é importante manter a distância e comunicar as entidades ambientais locais, este é um comportamento habitual dos pinípedes e somente um profissional veterinário poderá avaliar se o animal necessita algum tipo de intervenção.
Muitas aves marinhas migratórias também aportam em nossas praias em seus processos migratórios, a Prainha no período noturno tem recebido enormes bandos de aves, e estas podem ser provenientes de regiões mais extremas ao sul do continente, ou ainda do continente Europeu e América do Norte.
Segundas, Quartas e Sextas-Feiras:
das 8h às 11h30
das 13h às 17h30
Terças e Quintas:
das 13h às 17h30
R. José Antônio Picoral, 79
Centro
CEP: 95560-000
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