Preservando a Tradição: artesanato com palha de butiá é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Torres

É com grande entusiasmo que a cidade de Torres anuncia um evento marcante para sua cultura e história. No próximo dia 17 de agosto, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, realizará em Porto Alegre, o ato de assinatura do registro do modo de fazer artesanato com palha de butiá da região de Torres como Patrimônio Cultural Imaterial. Este reconhecimento é uma celebração da riqueza cultural e do legado transmitido através das gerações. A assinatura ocorrerá no Memorial do Rio Grande do Sul, situado na Praça da Alfândega, no Centro Histórico, às 14h.

A distinta prática do artesanato com a palha de butiá, além de ser uma expressão artística, representa um conjunto intrincado de saberes, técnicas e tradições que têm sido preservados e transmitidos de geração em geração. Essa prática agora é oficialmente classificada como um bem cultural imaterial do Rio Grande do Sul, destacando sua importância na história da região.

Diferentemente dos bens culturais materiais, concretizados em edificações, monumentos, paisagens ou acervos, os bens culturais imateriais correspondem ao conjunto de processos e significados coletivamente vivenciados pelas comunidades de detentores, isto é, os sujeitos sociais que dão vida às práticas culturais. O termo “imaterial” existe para sugerir que tais práticas devem ser valorizadas em seu conjunto dinâmico e criativo, e não apenas nos produtos finais que elas geram.

Por isso, mais do que mencionar o “artesanato com palha de butiá”, o que a patrimonialização envolve é o “modo de fazer artesanato com palha de butiá”, algo que inclui conhecimentos refinados sobre como transformar a matéria-prima vegetal em objetos estéticos e funcionais. Tais conhecimentos e técnicas acompanharam e acompanham a vida de diversas artesãs que narram sua trajetória e significam seus mundos sempre passando pelo ofício com a palha de butiá.

A comunidade da Restinga de Itapeva, onde essa arte é praticada, atribui uma gama de significados profundos à técnica. Para muitos, essa prática artesanal vai além do aspecto econômico, estabelecendo vínculos afetivos enraizados em conexões familiares. Essas conexões frequentemente servem como base para o aprendizado e para a perpetuação das habilidades das artesãs.

O valor dessa prática não se limita apenas à esfera familiar. Ao longo dos anos, os significados atribuídos ao artesanato com a palha de butiá têm se transformado e evoluído, criando um vínculo ainda mais forte entre a comunidade e sua forma de expressão característica. Esse reconhecimento é dinâmico, adaptando-se às mudanças na vida da comunidade e consolidando o artesanato como parte integrante da identidade cultural local.

Portanto, o ato de atribuir ao artesanato com a palha de butiá a qualidade de Patrimônio Cultural Imaterial é uma iniciativa voltada à preservação das tradições profundamente enraizadas na região de Torres. Esse passo é fundamental para garantir que as futuras gerações possam apreciar, aprender e se inspirar nas práticas culturais que moldaram a história da comunidade.

Nesse sentido, a assinatura desse registro não é apenas um evento formal, mas um testemunho vivo da dedicação contínua à preservação da cultura local. À medida que a data se aproxima, a expectativa e o orgulho aumentam, sinalizando um novo capítulo emocionante na história cultural de Torres e na valorização das tradições que moldaram sua identidade única.

Imagens Instituto Curicaca

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