Já são avistadas as primeiras baleias com filhotes em Torres

As baleias já estão aparecendo em Torres. Nos últimos dias, já foram avistadas, as primeiras Baleias-Francas com filhotes. Quem visita o Morro do Farol, pode encontrar seguidamente no local, a realização de um bonito trabalho realizado pelos pesquisadores do Projeto Farol da Baleias, fazendo a observação e contagem das baleias-francas. O Morro do Farol é um dos melhores locais em nosso litoral para observar as baleias sem perturbá-las. De julho a outubro, as baleias-francas podem ser normalmente vistas bem próximas à praia, entre a Ilha dos Lobos e a zona de arrebentação das ondas.

O Projeto Farol das Baleias é um programa de pesquisa desenvolvido pelo Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS). A primeira edição do projeto ocorreu em 2002, com o financiamento da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. Atualmente, o projeto conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Torres e da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). De julho a outubro de cada ano, os pesquisadores do Projeto realizam diariamente o trabalho. O objetivo principal do projeto é compreender quantas baleias-francas e de que forma elas utilizam essa região. Em 2018, os pesquisadores do projeto registraram um total de 113 grupos, sendo cerca de 40% de fêmeas com filhotes.

De acordo com informações do GEMARS, no litoral de Santa Catarina, as baleias-francas são monitoradas também pelo Instituto Australis. No primeiro sobrevoo realizado nesta temporada pelo instituto, no final de julho, quinze baleiasfrancas foram avistadas nas águas de Santa Catarina. Anualmente, cerca de 100 indivíduos são registrados ao longo dos meses de inverno e primavera no Sul do Brasil. No passado, se acreditava que o Rio Grande do Sul era apenas uma rota para as baleias-francas chegarem à Santa Catarina. Hoje, entretanto, sabe-se que o litoral do Rio Grande do Sul é também utilizado como área de reprodução e nascimento de filhotes.

Além do desenvolvimento da pesquisa científica, o projeto visa também incentivar o turismo sustentável voltado à observação das baleias-francas na região. Atualmente, a ocorrência das baleias está sendo informada diariamente pelos pesquisadores por meio das redes sociais. Nos finais de semana, uma tenda com informações é montada no Morro do Farol para divulgar o projeto junto aos turistas e moradores, de forma a ampliar o próprio turismo para observação de baleias no município. Com este intuito, o projeto será apresentado ainda este ano ao Conselho Municipal do Meio Ambiente de Torres.

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A BALEIA-FRANCA

Nome popular: Baleia-Franca
Nome científico: Eubalaena australis
Tamanho (adultos): 18 metros de comprimento. Massa corporal: 55 toneladas.
Tempo de Gestação: 11 meses.
Tamanho dos filhotes: Nascem com cerca de 5 a 6 metros de comprimento.
Tempo de Amamentação: usualmente, 6 meses, podendo-se prolongar até 12 meses.
Tempo de Vida: mais de 60 anos.

Principais características: O borrifo, que usualmente é a primeira pista que temos sobre a presença das baleias-francas, tem forma de “v” e pode alcançar até 5 metros de altura. O corpo é negro, com manchas brancas irregulares na barriga. Não possui nadadeira dorsal. Nadadeiras peitorais largas e em forma de espátula. Cabeça coberta por calosidades, contendo cracas e “piolhos-de-baleia”. Estas calosidades são únicas para cada baleia, permitindo o reconhecimento individual, da mesma forma que as impressões digitais são utilizadas em seres humanos.

Comportamento: A baleia-franca realiza migrações anuais entre as áreas de alimentação e reprodução. Durante o verão, as baleias se alimentam de pequenos organismos marinhos nas regiões subantárticas. No outono, as baleias migram para regiões mais quentes, como o sul do Brasil, para acasalamento, nascimento e amamentação de seus filhotes.

Conservação e Ameaças: A baleia-franca foi intensamente caçada no passado. No Brasil, a espécie foi caçada comercialmente até 1973. Nos últimos anos, as populações vêm mostrando sinais de recuperação, mas a espécie é ainda considera ameaçada de extinção. Com a proibição da caça, as maiores ameaças à conservação da espécie atualmente são as colisões com embarcações, os emalhamentos em redes de pesca e o molestamento ocasional por barcos de turismo. (Fonte do texto: GEMARS e Crédito das Fotografias: Daniel Danilewicz do GEMARS).

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