Atendendo anseio popular, o prefeito Carlos Souza se esforça para evitar o fechamento da praia Itapeva. Mesmo antes de tomar posse, promoveu recentemente, junto com lideranças políticas, empresariais e vereadores, reunião para discutir a ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal contra o município de Torres. Participou desta reunião, Ana Pellini, titular da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Rio Grande do Sul. Conforme o prefeito, “decisão judicial deve ser cumprida, mas continuarei lutando pela circulação de veículos no local”.
Empresários, políticos e demais lideranças do município temem que o fechamento da Itapeva comprometa o sucesso da temporada em Torres. A praia faz parte de uma Unidade de Conservação do Parque Estadual da Itapeva.
A Prefeitura está encaminhando o que foi determinado pela decisão judicial, mas está juntando documentos para recorrer da decisão. A Procuradoria do Município elabora um agravo, recurso contra a decisão tomada pelo juiz neste processo. Sempre houve o interesse da população de Torres em acessar a praia com veículos. Não há nada que circule a praia, como rua, orla ou calçadão. Fica inviável para veranistas e moradores acessarem o local com crianças e demais itens de veraneio sem um veículo. Um abaixo-assinado circula pela cidade contra esta ação.
A praia tem 3,5 quilômetros de extensão e é bastante frequentada pelos turistas, principalmente os argentinos. As outras praias de Torres não absorvem o fluxo de pessoas que vai na Itapeva, ainda mais nessa época que a cidade chega a receber 300 mil pessoas em um final de semana. A ação civil pública decorre de uma licença da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O despacho obriga a Prefeitura a colocar placas proibindo o ingresso de veículos particulares e ainda fiscalizar a entrada dos mesmos.
